Com a Figueira da Foz, com os Figueirenses.

Que não tenhamos pressa, mas…

Não tenho tempo, digo, enquanto olho para o relógio digital do meu telemóvel.
Sigo em frente, porque a cidade parece ter pressa e não me deixa apreciar tudo o que se passa à minha volta.
É Outubro e os dias estão demasiado quentes para que possamos falar em outono neste hemisfério.
Os velhos, nos transportes, queixam-se do calor por ser demasiado para as suas pernas cansadas.
O tempo encarregou-se de ser um passado inteiro nos seus corpos. Para eles já não há pressa, - antes pelo contrário - mas, como eu, também lhes vai faltando o tempo.
Estamos todos condenados ao mesmo, penso, enquanto me abordam novamente na rua, para me darem uma publicidade qualquer que me apresso em embrulhar e deitar fora.
Talvez o tempo ainda não me falte; talvez o problema seja não o saber optimizar e aproveitar da melhor maneira.
Vivemos condicionados pela ideia de os dias terem vinte e quatro horas, as horas terem sessenta minutos, e os minutos sessenta segundos. Achamos sempre que, no meio de tanto número, ainda nos falta mais uma hora nos dias, mais um dia nas semanas, para podermos descansar, ou ver aquele filme, ou ler aquele livro, ou passear naquele sítio bonito.
Talvez não nos falte tempo, talvez nos falte saber aproveitar o que temos.
Somos seres ambiciosos, bem sei, cegos com a ideia de querer mais, de poder mais mas, a verdade, é que tal como Einstein confirmou: o tempo é relativo.
O relógio dele deveria ser parecido com o do meu telemóvel: com números que marcam as horas e que se continuam ao longo desse rio que corre e corre e corre e nos vai levando na corrente, até nos deixar algures e se continuar ininterruptamente.
O que me deixa ideia, ao olhar as pessoas apressadas a correrem de um lado para o outro, que devemos aproveitar enquanto temos tempo.

 

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