Cortejo da Espera dos Reis | Auto dos Reis Magos | As Três Rainhas Magas

Considerando a importância da manutenção da tradição dos Reis na preservação da memória colectiva da cidade, a Sociedade Filarmónica Dez de Agosto (SFDA) organizará mais uma edição desta manifestação de cariz popular.
O programa dos Reis 2018 decorrerá de 5 a 7 de janeiro e envolve a organização do tradicional Cortejo da Espera dos Reis, a animação junto à lapinha, no extremo sul da Praça 8 de Maio (deixando assim o núcleo central da praça e retornando ao local inicial, que garante maiores condições de segurança e visibilidade), e a apresentação, na sede da colectividade, do Auto dos Reis Magos e da leitura encenada da peça “As Três Rainha Magas”.

PROGRAMA
• 5 JAN
20h30, Praça 8 de Maio
Cantares das Janeiras

20h30, Ponte do Galante > Praça 8 de Maio ]
Cortejo da Espera dos Reis

22h00, sede
Auto dos Reis Magos

• 6 JAN
21h30, sede
Auto dos Reis Magos, pela secção dramática da “Dez de Agosto”

• 7 JAN
16h00, sede
As Três Rainhas Magas, leitura encenada pel’As Personagens – Grupo Teatro Amador. ESPERA DOS REIS 2018

ANIMAÇÃO/CANTARES DAS JANEIRAS [5 DE JANEIRO]
A animação/cantares das Janeiras na lapinha estará a cargo do Grupo de Cantares Praia Mar do Grupo Instrução e Sport (GIS), que apresentará, para além das Janeiras, um reportório de música tradicional.
A apresentação terá início pelas 20h30.

CORTEJO DA ESPERA DOS REIS [5 DE JANEIRO]
O cortejo inicia-se pelas 20h30 junto à Ponte Galante e integrará vários figurantes, provenientes de várias colectividades e associações.
A abertura estará a cargo da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz e o encerramento a cargo dos Gaiteiros Quiaenses. O cortejo integrará ainda, para além das figuras centrais dos três Reis Magos, montados a cavalo, elementos do Agrupamento de Escoteiros n.º 207 (GIS), dos Escoteiros Marítimos 1319 de São Pedro, do Rancho Cavadores do Saltadouro, de elementos da secção dramática da colectividade e populares.
O cortejo deverá envolver aproximadamente 90 pessoas.

Percurso
O trajecto passa pela Rua de Buarcos, desce a Rua da Liberdade, torna à esquerda na Rua Dr. Maestro David Sousa e depois à direita na Rua Bernardo Lopes, passa em frente ao Casino, desce a Rua Cândido dos Reis, vira à direita em direcção ao Mercado (Passeio Infante D. Henrique) e, no final da rua, torna para o Largo do Carvão, seguindo pela Rua 5 de Outubro até chegar ao topo da Praça 8 de Maio.
Uma vez junto à lapinha, os 3 Reis Magos descerão dos seus cavalos e encenarão a entrega dos presentes ao Menino Jesus, lendo trechos do Auto dos Reis Magos. Posteriormente, farão distribuição de guloseimas pelas crianças presentes. Logo a seguir, o cortejo segue para a sede da colectividade, pela Rua da República, tornando depois à esquerda para a Rua Dez de Agosto e novamente à esquerda para a Rua das Rosas.

AUTO DOS REIS MAGOS [5 E 6 DE JANEIRO]
O Auto dos Reis Magos será representado pela secção dramática da Sociedade Filarmónica Dez de Agosto e terá a duração de cerca de 60 minutos.
O espectáculo divide-se em quatro actos e terá lugar na sede da colectividade, nos dias 5 e 6 de janeiro, às 22h00 e 21h30, respectivamente.

AS TRÊS RAINHAS MAGAS [7 DE JANEIRO]
As Personagens – Grupo de Teatro Amador da Sociedade Filarmónica Dez de Agosto irá apresentar, no dia 7 de janeiro, pelas 16h00, uma leitura encenada da peça “As Três Rainhas Magas”, da dramaturga brasileira Renata Pallotinni.
A comédia conta a história das esposas dos três Reis Magos, que, com a partida destes para o oriente remoto, se sentem tristes e sozinhas. Fartas de cozinhar e lavar, e em protesto por não poderem acompanhar os maridos, encetam uma viagem até Belém, em girafas importadas, levando como presentes ao menino Jesus os ingredientes necessários para uma deliciosa ceia de natal.
Uma forma muito divertida de terminar a festa dos Reis.

BILHETES
Auto dos Reis Magos: 2,5 euros
As Três Rainhas Magas: 2,5 euros
Quem adquirir bilhete para assistir ao Auto dos Reis Magos, em qualquer um dos dias, terá acesso livre à leitura encenada de “As Três Rainhas Magas”. São dois espetáculos pelo preço de um.

APOIOS
O programa dos REIS 2018 conta com o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz, da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião e demais colectividades e instituições participantes.

HISTÓRIA & TRADIÇÃO
(…)
Com escadas às costas… vamos ao Reis!
Frio (com ou sem chuva), algum odor provindo dos limos ribeirinhos, que intercalam o silêncio e a escuridão, vê-se gente, muita gente, com o brilho e a tradição no olhar, a aguardar ansiosa e de forma carinhosa, os Reis Magos.
Ao longe, os archotes equilibram a temperatura – é o cortejo real que aí vem! A “Dez de Agosto” de um lado, vinda da Ponte do Galante; e no sentido oposto a Filarmónica Figueirense. O ponto de encontro, antes das representações em cada sede, é a Praça Nova, na lapinha.
Os monarcas, em suas montadas, de barbas brancas e vistosos mantos, com pérolas que sobressaem dos coloridos panos que garbosamente envergam, tornam o séquito real distinto, grandioso. Populares seguem-no, no coice, com lanternas e sorrisos frescos na face. A música, em tempo de marcha, marca o inevitável binário que este velho costume da Figueira exige… e as escadas!
As escadas que integram a tradição revelam memórias e desigualdades. É que enquanto quadros míticos, de palavras bonitas eram escutados em representações espontâneas que embelezavam as antigas consoadas de casas ricas e senhoriais; o povo (tanoeiros, sapateiros, modistas, operários vários, homens do campo) espreitava, subindo escadas de madeira à busca da nesga possível, olhando uma vidraça, num tom tão suave e ingénuo, que o fazia entrar no imaginário de um requinte que não era para a sua algibeira.
Maurício Pinto, Armando Coimbra, Augusto Pinto, Luís Cajão, Natércia Crisanto, entre outros, gente das letras e da sensibilidade locais, escreveram sobre estes cortejos denominados Espera de Reis.
Um velho costume, que faz mistura certa de religião e paganismo, que sai à rua em 5 de Janeiro, em vários locais portugueses, e que também marca, ano após ano, geração após geração, as ruas da Figueira da Foz

António Jorge Lé, memorialista figueirense
(…)

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