A Ordem dos Arquitectos, no âmbito do protocolo celebrado em abril último com o Fundo Ambiental , através do Ministério do Ambiente e da Acção Climática, divulgou os resultados dos Prémios Arquitetura Sustentabilidade e Inovação 2021.
Os Prémios serão entregues dia 18 de novembro, às 16h00 no Museu da Água (Lisboa), numa cerimónia que contará com a presença do ministro do Ambiente e da Acção Climática e do presidente da Ordem dos Arquitectos.
• A «Casa Rotativa», do arquitecto figueirense Pedro Bandeira, “resulta de uma sólida e feliz parceria arquitecto-engenheiro de saberes múltiplos e, operando entre insuspeitos vernáculos e a Spaceship Earth de Buckminster Fuller, constituiu-se num estímulo objectivo à reinvenção das questões da sustentabilidade, da ecologia, do ambiente construído e de um quotidiano, necessariamente atento a diversas condicionantes que são, também, sociais”.
A Casa Rotativa é um projecto de habitação unifamiliar, construída na periferia da cidade de Coimbra. O proprietário da Casa é um engenheiro de estruturas especiais com um conhecimento alargado em mecânica e motorização. Sensível às questões energéticas o cliente decidiu avançar com um projecto de carácter experimental em que toda a casa gira em função do Sol.
“Os promotores da iniciativa congratulam-se ao anunciar os resultados desta 1.ª edição dos Prémios, alcançados por meio de um concurso nacional organizado em duas categorias distintas, nas vertentes da investigação teórica e da obra construída, sob a proposta de promover o reconhecimento público de arquitectos autores de trabalhos considerados exemplares, inovadores e significativos, no domínio da sustentabilidade e ecoeficiência, concorrendo para o avanço do conhecimento no domínio disciplinar”.
Premiados
Categoria OBRA
Pedro Bandeira, Casa Rotativa, Banhos Secos, Coimbra, Agosto 2018
O júri, constituído pelos arquitetos Telmo Cruz (presidente do Júri, por nomeação conjunta FA e OA), Nuno Félix e Rui Soares (designados pelo Ministério do Ambiente e da Acção Climática e o FA), Marlene Uldschmidt e Francisco Adão da Fonseca (designados pela OA) deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio Obra àquela que, entre a enorme diversidade das 42 candidaturas recebidas, “explorou de forma notável a questão da relação do movimento com a arquitectura, num programa corrente, o habitacional”.
Este projecto avança simultaneamente na linha da arquitectura vernacular dos faróis, ou moinhos de vento e das investigações de engenhos solares do início do século XX, apresentando um edifício-engenho igualmente mágico e útil em matéria de sustentabilidade. A invulgar motricidade do edifício desperta territórios incomuns na arquitectura, tanto a nível da legislação quanto da relação com o contexto, com o solo, com os corpos celestes e pessoas.
“Pela sua competência, coragem e testemunho de que a sustentabilidade e inovação têm efectivamente lugar no quotidiano da pequena encomenda e trabalhos comuns, o júri decidiu atribuir o Prémio Sustentabilidade e Inovação, categoria Obra, a Pedro Bandeira.
Categoria DISSERTAÇÃO
Prémio ex aequo
Jorge Fernandes, Modelling the life cycle performance of Portuguese vernacular buildings: assessment and contribution for sustainable construction (Universidade do Minho, 2020)
e Silvia Benedito, Atmosphere Anatomies: On Design, Weather, and Sensation (Lars Müller Publishers, Zurique, 2020)
Menção honrosa
Sara Figueiredo Paiva, Casa dos Pátios: um diálogo entre o conceito de edifícios com necessidades quase nulas de energia (nZEB) e o objecto arquitectónico (ISCTE-IUL, 2019)
O Júri, constituído pelos arquitetos João Paulo Cardielos (presidente do júri, por nomeação conjunta FA e OA), Joana Mourão e Raul Moura (designados pela OA) deliberou atribuir o prémio ex aequo e uma menção honrosa entre as 19 propostas submetidas a concurso.
A lista de finalistas integrou, ainda, as seguintes obras:
• Serviço de Medicina Intensiva - Hospital Pedro Hispano, de Manuel Ventura | Ventura + Partners (Matosinhos, 2020)
• Edifício Padaria, de Diana Barros (Porto, 2017)
• Academia de Ginástica de Guimarães, de Raul Figueiredo, Alexandre Coelho Lima, Manuel Vilhena Roque | Pitágoras Group (Guimarães, 2017)
• Douradores, 2.ª fase, de José Adrião (Lisboa, 2020)
• Herdade da Cardeira, de Cristina Mendonça, Nuno Griff e Paulo Goinhas | Embaixada (Borba, 2019).
Foto: DR/Paulo Catrica
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