PJ deteve fiscais da Câmara da Figueira da Foz um ano após denúncias do executivo

A detenção de dois fiscais da Câmara da Figueira da Foz pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeitas de corrupção, resulta de uma investigação iniciada com denúncias do município, disse à agência Lusa fonte do executivo.
“Há cerca de um ano o município recebeu umas denúncias e participou às autoridades competentes”, afirmou à agência Lusa fonte do gabinete do presidente Pedro Santana Lopes, remetendo mais explicações para um comunicado a emitir por aquela autarquia do distrito de Coimbra.
A PJ anunciou ontem que deteve dois fiscais da Câmara Municipal da Figueira da Foz por suspeita da prática de crimes de corrupção e abuso de poder.
São suspeitos de terem pedido e aceitado vantagens indevidas para não cumprirem aquelas que seriam as suas funções, no âmbito de processos de construção, revelou a Direcção Nacional da PJ, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Os detidos são fiscais dos serviços de fiscalização da Câmara Municipal da Figueira da Foz e com responsabilidades directas na fiscalização do cumprimento da legislação por parte dos munícipes.
O modo de actuação dos suspeitos passava, alegadamente, pela exigência de quantias monetárias na sequência de pressões no âmbito de procedimentos relacionados com projectos de obras, explicou a Judiciária.
A investigação, levada a cabo pela Directoria do Centro da PJ, deu cumprimento a oito mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias.
“As buscas agora realizadas permitiram a recolha de prova pessoal e a apreensão de prova de natureza documental e digital”, salientou a PJ, registando e reconhecendo ainda a colaboração dos serviços do município na investigação.
Segundo a nota de imprensa, os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução de Coimbra para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.

A Câmara Municipal da Figueira da Foz confirma que a Polícia Judiciária, na sequência de uma participação feita pelo próprio Município, no segundo semestre do ano de 2022, realizou diligências necessárias no Departamento de Urbanismo, visando em concreto dois funcionários do Serviço de Fiscalização.

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