A assembleia geral do Ginásio Clube Figueirense, realizada na noite da passada quarta-feira, deliberou por unanimidade de votos em urna, prestar gratidão e reconhecimento a Edmundo Barrué e Joaquim de Sousa, pelo empenho e obra realizada em prol do clube atribuindo respetivamente os seus nomes à piscina do Ginásio e ao Centro Náutico da Fontela.
Quer nas palavras da presidente da direção, Ana Rolo, sobre os dois homenageados, quer nas intervenções posteriores de Carlos Guedelha, Vítor Coelho, José Tomé e Alice Mano-Carbonnier, a unanimidade foi total no reconhecimento pelo trabalho realizado por ambos ao longo de várias décadas.
Eduardo Barrué, conhecido como «Patriarca da Natação Figueirense», foi durante onze anos consecutivos (54 a 64) não só o treinador, a título gracioso, como o principal suporte duma secção que, partindo do nada, demorou apenas meia dúzia de anos para inverter completamente a tradicional e esmagadora superioridade de Coimbra na modalidade, através da Associação Académica.
Com efeito, em 1960 já o Ginásio conquistava 18 títulos nos campeonatos regionais (em 31 provas disputadas), para o ano seguinte vencer 37 em 41.
Durante estes anos, que já alguém chamou de década de ouro da natação na Figueira da Foz, foram vários os campões nacionais que «fabricou», com relevo para sua filha, Isabel Barrué, historicamente uma das grandes referências do desporto figueirense.
O Centro Náutico da Fontela passa a designar-se «Centro Náutico Joaquim de Sousa», porque foi o mentor deste complexo desportivo e toda a sua envolvência, constituído por dois modelos (um com o nome de Severo da Silva Biscaia e o outro Pavilhão Litocar).
Joaquim de Sousa é sócio desde 1950 (em 2004 era o sócio n.º 6), foi atleta, treinador e dirigente do clube durante mais de sete décadas, sendo um dos notáveis ginasistas que enriquece a galeria desta instituição.