Na última assembleia geral do Ginásio Clube Figueirense, o associado, ex-atleta e ex-dirigente Vítor Coelho, levou ao conhecimento do clube que o basquetebolista americano Kit Jones, que tem a Figueira da Foz no coração e que passou pelo Ginásio em 1969/70, vai estar em Portugal de 30 de abril a 7 de maio próximo.
Porque o Kit Jones marcou o basquetebol português ao serviço do Ginásio como um dos primeiros americanos a praticar a modalidade no país, atleta que foi marcante na reviravolta da modalidade e associando a sua grande paixão pela Figueira da Foz e pelo Ginásio que continua a seguir interessadamente pelas redes sociais, Vítor Coelho
sugeriu que seria uma excelente oportunidade do clube “prestar o seu tributo de gratidão ao Kit Jones”.

Kit Jones começou a jogar basquetebol na National Collegiate Athletic Association (NCAA), que gere o desporto universitário nos Estados Unidos da América. Com 2,01 m de altura, jogou três anos pelos Buccaneers da Universidade de Beloit na Midwest Conference, onde apesar de problemas crónicos num joelho se tornou o 6.º melhor marcador da história dessa Universidade, com 1.118 pontos e com o seu irmão Jim Jones, ajudou a sua equipa a ganhar o campeonato da Midwest Conference em 1967 e 1968.
Veio depois para Portugal, numa altura em que as melhores equipas portuguesas começavam a descobrir o “filão americano”. Jogou dois anos no Ginásio Clube Figueirense e foi, posteriormente, para o basquetebol do Sporting Clube de Portugal em 1971/72. Era um poste agressivo que usava a sua altura e força para dominar ambas as tabelas. Muito correcto e carismático, tornou-se um ídolo durante as duas curtas épocas que jogou pelo Sporting.
A assembleia do Ginásio concordou com a sugestão e vai homenagear o basquetebolista, que estará na Figueira da Foz em maio, onde está previsto também, na sua qualidade de músico, realizar um concerto no CAE. Para além do basquetebol, Kit Jones foi depois professor de francês e músico profissional a partir de 1976, quando decidiu que era essa a sua verdadeira vocação. Dedicou-se à música folk, rock, jazz e swing em festivais, clubes, e pequenos concertos.
Em 1978 gravou o álbum No More Range to Roam. Outros discos foram Heartland Variations em 2010, Suburban 2-Step em 2012, Atlantica em 2014, e Incantations em 2017.

Foto: em cima, da esquerda para a direita: José Figueiredo, João Penicheiro, João Silva, Vítor Costa, Kit Jones, Vítor Coelho, José Menezes e Luciano Amaral;
em baixo, pela mesma ordem: João Afonso Fadigas, José Sotto-Mayor, José Silva e FrederiK Bronkema.