A lição do «Professor do Ano» no AEFN

Carlos Portela, Professor do ano 2019 da Casa das Ciências, esteve presente no AEFN (Agrupamento de Escolas Figueira Norte), no dia 5 de fevereiro, a convite do Clube de Leitura, para partilhar com os colegas deste agrupamento e com alunos da Associação de Estudantes a sua experiência de professor.
O prémio «Professor do Ano» é “a distinção atribuída anualmente pela Comissão Editorial da Casa das Ciências a um professor em reconhecimento do seu mérito como docente do ensino básico ou secundário e da sua disponibilidade de partilhar a sua experiência com os colegas” e foi precisamente essa partilha que ocasionou a sua presença, tendo sido essa também a temática das suas intervenções.
A par com o seu profissionalismo e competência científica, Carlos Portela fez jus à imagem de que goza na comunidade: um homem de uma grande simplicidade e disponibilidade, que interage com os outros sempre com grande simpatia.
Foi evidente o enriquecimento que advém da sua participação em actividades de promoção da ciência (projectos, exposições, feiras de ciência e conferências), do seu trabalho enquanto autor de diversos recursos didático-pedagógicos: manuais escolares, livros de apoio para os alunos, livros de apoio para os professores e recursos digitais e, ainda, da sua colaboração com a Casa das Ciências.
Seguidamente, novamente de uma forma muito directa e despretensiosa, o professor falou das suas vivências na sala de aula, tendo colocado a tónica no quanto considera fundamental para o sucesso que o docente goste de ensinar e consiga transmitir essa paixão aos seus alunos. Considera que a exigência tem de continuar a pautar o trabalho docente, mas interligada ao sentido de humor. É também fundamental que o ensino sejam desafiante e que professor e aluno encarem o erro como ferramenta fundamental para a aprendizagem, na medida em que ele propicia a reflexão sobre os progressos realizados, numa perspectiva de melhoria constante. Esses objectivos levaram-no a incentivar e a preparar os seus alunos para participarem em concursos nacionais e internacionais, tais como o International Physics Olympiad e as Olimpíadas Ibero-americanas de Física.
De uma forma lúdica, colocou ao auditório vários desafios que visavam activar o seu sentido crítico, levando-os a colocarem-se na posição de aprendentes que têm de resolver um problema, argumentar e justificar os seus pontos de vista. Os desafios propostos versaram aspectos como a subjectividade na formulação de itens, a valorização do raciocínio (e não do resultado…), a necessidade de o docente procurar focar-se no essencial e comunicá-lo de forma clara e acessível e, sobretudo, o respeito pelas emoções dos alunos.
Em suma, Carlos Portela conseguiu com a sua intervenção fazer-nos recordar os motivos por que escolhemos ser professores. Numa época de constantes mudanças geradoras de instabilidade e, muitas vezes, de frustração, foi muito bom este encontro com um profissional que soube colocar em segundo plano todas as vicissitudes do sistema de ensino e manter bem presentes o amor à profissão de professor e o entusiamo pela descoberta constante de novos caminhos, novos conhecimentos e novas formas de transmitir esses conhecimentos aos alunos.

Clube de Leitura
Texto: Isilda Marques
Foto de Ester Figueiredo

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