No final da tertúlia «Ontem, hoje e amanhã», que decorreu no Auditório Madalena Biscaia Perdigão no dia 27 de abril, fez-se ouvir a «Grândola Vila Morena», após se ter discutido as principais diferenças entre o chamado Estado Novo e os actuais dias de Democracia num processo de transformação originado na Revolução dos Cravos.
Falou-se também do Portugal de todos os que se politizaram a partir das cantigas de Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Francisco Fanhais, José Mário Branco, Luís Cília, Sérgio Godinho e Zeca Afonso.
Falou-se da madrugada do 25 de abril e da abertura a possibilidades que esta revolução singular representa, mas também de uma revolução de alguns estudantes de Teologia dentro da Revolução dos Cravos.
A conversa foi moderada pela aluna Catarina Mota (12.º A) e fluiu entre os convidados João Luís Fernandes (professor auxiliar no Departamento de Geografia e Turismo - Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra e, desde 2021, subdiretor da Faculdade de Letras para as áreas de inovação e internacionalização) e João Maria André (professor catedrático, autor de diversos livros, nomeadamente de poesia, e antigo director do Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra).
Contou também com a intervenção de Amanda, Ayana, Estella, Kelly, Laura Santos, Rafaela e Valentina que acompanharam Beatriz Pires e Liubov na canção «Que força é essa amiga», da Capicua, uma versão do original de Sérgio Godinho «Que força é essa amigo».
Na mente de todos os que estiveram na tertúlia, um evento cultural da Figueira da Foz com epicentro na Escola Secundária Dr. Bernardino Machado e no Agrupamento de Escolas Figueira Mar, ficou claro que o golpe militar de 25 de abril de 1974 alterou radicalmente a vida dos portugueses, abrindo um leque de possibilidades quanto ao caminho a seguir, abrindo a todos o campo dos sonhos contra o fatalismo histórico e o determinismo social.