O evento sobre a gestão do uso de gadgets em contexto escolar e fora dele, realizado nas instalações do Conservatório de Música David de Sousa na Figueira da Foz e em Pombal, no passado dia 3, segundo Alfredo Leite, “foi um verdadeiro sucesso”.
Com inscrições encerradas no dia 1 de fevereiro, a iniciativa captou a atenção de um público diversificado, incluindo pais, educadores e estudantes, que se reuniram para discutir estratégias eficazes para o uso consciente da tecnologia na educação.
A qualidade das informações partilhadas e o envolvimento dos participantes refletem a importância e a actualidade do tema.
“Na era digital em que vivemos, a tecnologia surge como «uma espada de dois gumes»
“Como alguém profundamente envolvido na educação e na psicologia, é claro para mim que a missão educativa é fundamentalmente enriquecida pela compreensão e aplicação da ciência do comportamento. O processo de aprendizagem é intrinsecamente uma tapeçaria de estímulos, respostas e consequências, onde cada elemento tem o potencial de contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo e emocional dos jovens”, diz o criador de conteúdos digitais.
Na sua opinião, “na era digital em que vivemos, a tecnologia surge como «uma espada de dois gumes». Por um lado, oferece recursos educacionais inestimáveis que, se bem utilizados, podem enriquecer tremendamente a experiência de aprendizagem. Por outro, o uso não regulado e sem supervisão pode distrair e prejudicar muito o desenvolvimento saudável”.
É nesse contexto que pais, educadores e professores “têm um papel crítico não apenas como guardiões, mas como orientadores no uso responsável da tecnologia. É essencial estabelecer um equilíbrio, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma a beneficiar os jovens, sem comprometer a sua saúde mental, física ou o seu desenvolvimento”.
“Infelizmente, o desafio é que nem sempre as práticas ideais são seguidas em casa ou na escola. Isto pode ser devido a uma variedade de factores, incluindo a pressão dos pares, a falta de conhecimento, ou até mesmo a resistência cultural à imposição de limites no uso da tecnologia. As consequências disso são variadas e significativas, levando a uma necessidade urgente de intervenção”, salienta o director pedagógico da empresa «Mundo Brilhante» certo de que “como comunidade educativa, devemos estar unidos para enfrentar esses desafios. Isso envolve ajudar alunos e pais a compreenderem os riscos e benefícios associados ao uso da tecnologia, bem como fornecer aos docentes as ferramentas e o apoio necessários para integrar a tecnologia de forma eficaz e segura nas suas práticas pedagógicas”.
“Este evento reforça o compromisso com a promoção de práticas educativas inovadoras e responsáveis na era digital”, resume Alfredo Leite deixando agradecimentos à directora pedagógica Cristina Loureiro pela liderança e às professoras e adjuntas da direcção Sofia Martinho e Mariana.
“Pais e os educadores/professores desempenham um papel crítico”
“A missão educativa transcende a «simples» transferência de conhecimento. É uma missão intrinsecamente ligada à ciência do comportamento uma vez que compreende a complexa interação entre os estímulos, as respostas e as consequências no processo de aprendizagem”, refere Cristina Loureiro.
Para a responsável pedagógica do CMDS, “há estímulos que acrescentam se forem bem utilizados. E há estímulos que, utilizados de forma livre e sem vigilância, roubam a possibilidade de um desenvolvimento cognitivo e emocional saudável”.
Reforça ainda esta certeza afirmando que “os pais e os educadores/professores desempenham um papel crítico na orientação sobre o uso responsável da tecnologia, e devem garantir que esta é utilizada de forma regulada e supervisionada e sempre em benefício das pessoas. Contudo, nem sempre é isto que sucede. Nem nas escolas nem em casa. Os argumentos são vários, e as consequências também”, pelo que, defende, “há que ajudar os alunos, pais, docentes e todos os outros membros das comunidades educativas”.
Inicie sessão
ou
registe-se
gratuitamente para comentar.
|
O «Figueira Na Hora» é um órgão de comunicação social devidamente registado na ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social). Encontra-se em pleno funcionamento desde abril de 2013, tendo como ponto fulcral da sua actividade as plataformas digitais e redes sociais na Internet.
design by ID PORTUGAL