Foi já formalmente constituído o «CONCERCOIMBR – Conselho Empresarial da Região de Coimbra» (CERC), núcleo que agrega as várias associações empresariais da CIM Região de Coimbra com forte proximidade e conhecimento da realidade de cada um dos seus concelhos nos diversos setores de actividade.

“Defesa dos legítimos interesses e direitos da Região de Coimbra”

“Tenho o privilégio de presidir a este consórcio, mas sou apenas um porta-voz das decisões tomadas em conjunto, porque a nossa força resulta da união e companheirismo gerado ao longo dos últimos dois anos. Foram várias as reuniões de trabalho, umas presenciais, outras com recurso aos meios digitais, mas sempre com muito dinamismo, respeito e cooperação entre todos (…). Representamos a área territorial da NUTIII assumindo-nos como um reforço do CEC – Câmara de Comércio e Indústria do Centro no que diz respeito à defesa dos legítimos interesses e direitos da Região de Coimbra”, referiu Nuno Lopes, presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz e que sexta-feira passada, em Miranda do Corvo, tomou posse como presidente do CERC.

Inovação e partilha de conhecimento “são a resposta para muitos dos nossos problemas”

O empresário destacou “o maior activo das nossas associações, que são os nossos empresários, aqueles que geram postos de trabalho e riqueza para o país”, referindo que “as 12 associações empresariais aqui representadas defendem que a inovação e a partilha de conhecimento são a resposta para muitos dos nossos problemas. Queremos envolver o meio académico e o tecido empresarial, colocando a investigação ao serviço do desenvolvimento socioeconómico da nossa região”.

“Reter talentos e combater a baixa demográfica”

“Reter os nossos talentos e combater a baixa demográfica” é outro objectivo a alcançar sublinhou o líder do CERC para quem “um investidor que hoje em dia pretenda montar uma empresa e trazer a sua família, valoriza a qualidade do ensino, segurança, acesso a cuidados de saúde, acessibilidades e comunicações. Já temos o privilégio de o nosso território ser rico em termos de beleza natural, sendo muito apreciado por quem nos visita”.

“Temos que estar unidos e defender a uma só voz os interesses do território”

Usando da palavra na referida sessão, Nuno Lopes defendeu “a boa optimização dos fundos provenientes do PRR e do Portugal 2030. Os investimentos públicos são muito importantes, mas investir nas empresas é a garantia de retorno para as finanças públicas através da criação de valor, é ter mais trabalho activo em Portugal, é garantir o futuro das gerações vindouras”. Neste contexto, deixou um apelo: “usem a nossa proximidade territorial e o conhecimento dos nossos empresários para desenvolver planos de ação que vão ao encontro das necessidades reais das nossas empresas”.
“Territórios nossos vizinhos já desenvolvem este tipo de cooperação há algum tempo e com sucesso reconhecido, como são bons exemplos o de Aveiro e Viseu. Coimbra tem um enorme potencial, já fomos a capital do país, o porto da Figueira da Foz já foi o terceiro mais importante a nível nacional mas continuamos a perder essa competitividade. Queremos mudar esse paradigma e para isso temos que estar unidos e defender a uma só voz os interesses deste território que tanto nos orgulha e queremos ver prosperar”, sustentou.

“Captar investimento”

Mais investimento nas rodovias, na linha férrea, numa maior capacitação do Porto da Figueira da Foz, nos parques industriais e incubadoras são metas propostas a alcançar tendo presente a necessidade de “captar investimento e tornar a região de Coimbra numa referência do que melhor se faz em Portugal”.
A terminar, Nuno Lopes deixou aos seus pares um desafio: “às confederações patronais aqui representadas pedimos que continuem a ser a nossa voz nas reuniões da concertação social e sempre que seja necessário implementar ou melhorar algumas medidas decretadas pelo Governo como o fizeram recentemente nos programas de apoio ao Covid-19”.