Trago palavras presas na garganta das frases que não me saem!
São versos soltos das almas de poemas cruzados ainda de mim não nascidos. Estão travadas num rio de lágrimas secas sem foz de destino. Imobilizadas por concordâncias e regras rígidas que matam a poesia.
Queria-as livres como os meus pensamentos que não se deitam sobre camas de papel. Nem se querem acobertar sob rimas, métricas ou formas asfixiantes.
Se pudesse... pintava-as com as cores translúcidas dos meus pensamentos. Tornava-as leves e maleáveis como filhas de pai e mãe da poesia nascida no coração.
Ahh! se eu conseguisse transformar os meus pensamentos em palavras... Correriam rios de gargalhadas molhadas de felicidade seguras à foz certa mar adentro!
Walter Ramalhete. Figueira da Foz, 1 de Setembro de 2024.
Este texto foi escrito nos termos ortográficos anterior ao actual (Des) Acordo Ortográfico. Reservados todos os direitos de autor.®
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