Castelo Branco, onde não ia há vários anos, ofereceu-nos este fim-de-semana uma experiência cultural e gastronómica excelente – encheu-nos a alma e o estômago!
O Museu da Seda, tutelado pela APPACDM de Castelo Branco, foi criado para dar a conhecer “a história da produção de Seda em Portugal, o ciclo de vida do bicho-da-seda, as aplicações convencionais e de tecnologia de ponta - nomeadamente ao nível da Biologia e da Medicina - que se podem fazer a partir da utilização deste produto”. A cooperação com Instituições académicas nacionais e internacionais ajudou a encontrar não só outras formas de utilizar os produtos gerados ao longo da vida do bicho-da-seda, como, por exemplo, no tratamento de feridas de grande extensão, mas também como alimentar os bichos-da-seda nos meses em que as amoreiras não têm folhas.
Espaço moderno e agradável, inserido na Quinta da Carapalha, mostra-nos a evolução do bicho ao fio, do fio ao tecido e do tecido ao produto final.
O Museu Francisco Tavares Poença Jr, (criado em 1910 pelo arqueólogo de quem recebeu o nome), dedica-se à recolha, conservação, interpretação e divulgação do património cultural que integra o seu acervo, com especial relevo para as colecções de Arqueologia da Região e de Têxteis, onde predominam as colchas de Castelo Branco.
A visita a ambos os museus complementa-se, municiando-nos com informação preciosa sobre a Rota da Seda, o processo de produção da seda e a origem dos bordados de Castelo Branco, permitindo-nos até assistir ao trabalho de uma bordadeira, o que nos dá uma ideia da minúcia e delicadeza daquelas autênticas obras-primas,
O Museu Cargaleiro, localizado no coração da zona histórica da cidade , é constituído por dois edifícios contíguos – o edifício histórico, "Solar dos Cavaleiros", um palacete construído no século XVIII, e um edifício contemporâneo do século XXI. A obra do Mestre Cargaleiro, bem como excelentes colecções de cerâmica tanto do autor como de outros artistas, são dignos de uma visita detalhada.
O Jardim do Paço Episcopal, dedicado a S. João Baptista, data do século XVIII e foi mandado construir pelo Bispo de Braga. Os muros do Jardim do Paço são forrados com painéis de azulejo figurativo, azul e branco, representando várias vistas de Castelo Branco. O cantar da água dos repuxos, a beleza do desenho intricado (barroco), as laranjeiras carregadas de fruto, dão-lhe um ambiente repousante e agradável.
Este foi o programa que nos encheu a alma!
Mas... na gastronomia, os queijos, os enchidos, o cabrito, os ovos mexidos com tortulhos e a tigelada, tudo coisinhas leves para uma dieta rigorosa, deixaram-nos de queixo caído.
Se por lá passarem não deixem de visitar tudo o que recomendei para a alma, mas também não ignorem a Pastelaria Colmeia, a Boutique do Presunto e o restaurante Encosta da Muralha.
"Bora lá" até à Beira Baixa!
Alice Mano-Carbonnier
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