Crónicas de tudo e de nada: No rescaldo dos Jogos Olímpicos

Que fantástico espectáculo para os amantes do desporto, seja ele qual for!
Não! Não falo das grandiosas cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris onde, na minha opinião, houve tanto de bonito como de grotesco, tanto de excitante como de vulgar. Mas Paris é Paris e, sem dúvida, os organizadores tiraram o maior partido possível da sua beleza, da sua arquitectura majestosa, dos seus parques e jardins bem cuidados, das suas pontes românticas, do seu Sena que se não estivesse poluído era maravilhoso.
Eu quero mesmo é falar do desporto, do número sempre crescente de modalidades (este ano eram 48), do maior evento multidesportivo e multicultural onde participaram 204 nações e ainda duas delegações independentes: os Atletas Individuais Neutros (AIN) e a Equipa Olímpica de Refugiados (EOR) num total de cerca de 11 mil atletas, numa quase, quase paridade de participantes masculinos e femininos, pela primeira vez nas Olimpíadas.
Mencionar tudo isto e ainda a admiração e respeito que sinto pelos atletas de alta competição, pelo seu esforço, a sua determinação, os seus sacrifícios, as suas alegrias e tristezas, a sua luta por fazer o melhor para o seu país. E tudo isto multiplicado “n” vezes pelos que o fazem com poucos apoios, como os atletas portugueses. O meu orgulho e a minha vénia para todos eles, vencedores e vencidos.
São mais de duas semanas em que há sempre algum desporto de que gosto especialmente, em que corro atrás dos horários, ora das participações da equipa Portugal ou da equipa Suécia, e em que os trabalhos de casa, do exterior ou do computador ficam irremediavelmente adiados - um desleixo que me perdoo a mim própria porque “a causa é de peso”!
Curiosamente, na Suécia, a RTP através do Canal 2 (RTP Play) foi a nossa companhia durante este período. Excelente cobertura, excelentes comentadores, excelentes imagens. Parabéns e obrigada pelo excelente serviço público!
E Parabéns (claro!...) à Delegação Portuguesa no seu todo, que se entregou de forma aguerrida, emocionada e emocionante, e que arrecadou melhores resultados do que tínhamos conquistado no passado.
Destes Jogos Olímpicos só me fica uma memória triste: a partida do Dr. José Manuel Constantino, Presidente do Comité Olímpico de Portugal, pessoa que muito estimava e com quem tive a honra de privar, de forma esporádica mas sempre construtiva e enriquecedora, desde que em 2007 nos encontrámos no júri dos Prémios Bienais Bento Pessoa/Casino Figueira, organizados pelo Ginásio Clube Figueirense, e que quis o destino que partisse ontem, exactamente o dia em que se apagava a chama Olímpica em Paris.
Missão cumprida para todos!

Alice Mano-Carbonnier

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