Há dias assim, parece não terem fim!
Não te suportas, bates janelas e portas.
Vento de mau humor, estás um pavor!
abanas o varal, bates a roupa num badanal,
ouço o farfalhar das gabardinas a dar a dar,
crianças mel, colam-se às paredes como papel.
Gaivotas de bicos felizes voam às voltas,
sentadas no ar, asas abertas par em par,
não sentem tormentos, adoram os ventos,
seus gritos estridentes alegram as gentes,
tudo tem verso e tudo tem o seu anverso
elas adoram dias assim, pena é terem fim!
Walter Ramalhete.
Figueira da Foz, 21 de Outubro de 2023.
Este texto foi escrito segundo a ortografia anterior ao actual (Des) Acordo Ortográfico.
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