Empreender no social também

A semana passada em Coimbra realizou-se uma Gala onde foram entregues prémios relativos às melhores cidades para se poder viver em Portugal. Esta Gala serviu como conclusão de um estudo sobre “a qualidade de vida nos melhores municípios para viver”, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia Comportamental (Intec). Os municípios que concorreram foram avaliados em dez categorias, através de inquéritos a milhares de Portugueses. Deste estudo, retira-se que Lagoa foi considerado o melhor Município para se viver, seguido de Caminha, Bragança, Cascais e Pombal, isto independentemente de outros rankings terem distinguido outros municípios em função de outras dimensões analisadas.
Foi abertamente transmitido pela organização que este ranking tem como objetivo valorizar os aspetos positivos dos municípios que concorreram levando a uma projeção das dimensões valorizadas pelo estudo. Desta forma, compete-se por um lugar de destaque positivo.
Este evento recordou-me a construção das Torres Petronas na cidade de Kuala Lumpur na Malásia. Estas Torres são constituídas por dois arranha céus ligados entre si por uma ponte. As torres contam com 88 andares, sendo dos edifícios mais altos do mundo com 452 metros. Não obstante a beleza e o simbolismo do edifício, eu destaco um aspecto na sua construção. Desde o início do projecto que este foi tendo vários atrasos significativos, comprometendo a sua execução. Em determinado momento o governo Malaio especificou que a construção teria que estar concluída em 6 anos; prazo que à época não era facilmente exequível. Foram propostas várias soluções, sendo que se optou pela menos comum, promover uma corrida até ao topo. Foram contratados dois consórcios de construção: um Sul Coreano e um outro Japonês, sendo cada um responsável por uma das torres. O primeiro a terminar a sua torre ganharia o direito de construir a ponte aérea que liga as duas torres. Apesar de se tratarem de 2 consórcios concorrentes, o que acabou por estar mais em causa foi a força de dois países que à data competiam entre si enquanto economias dominantes. Rapidamente a bandeira dos dois países foi colocada em cada uma das torres, subindo à medida que as torres também se erguiam; os recursos disponíveis passaram a ser muitos mais. Foi literalmente uma corrida para o topo. Como curiosidade, a Torre dois foi acabada primeiro, tendo cabido ao consórcio sul coreano a construção da dita plataforma que serviria como prémio. 
Estas duas situações advêm de uma competitividade positiva, em que, pela valorização e reconhecimento de valor se tentam replicar realidades. O empreendedorismo não existe apenas nos negócios, é social e potencial de desenvolvimento em todas as esferas do ser humano.

(PAULO CUNHA - Psicólogo e Coordenador da Mental School)

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