Gosto
da fanfarra desalinhada das gaivotas atrás dos barcos,
dos amores (im)perfeitos e dos brincos-de-princesa,
das fores no silêncio colorido e perfumado de paz.
Encantam-me
as gargalhadas sadias e espontâneas,
os risinhos dobrados na inocência dos bebés,
a felicidade sorridente nas faces amigas
Perco-me
na magia colorida das árvores de natal,
nas cores sorvete suaves dos arco-íris,
nos olhos raiados de lágrimas felizes.
Adoro
mergulhar nos olhos mortiços de saudades,
ver costas voltadas ostensivamente ao mal, abraçar quem multiplica o bem e divide o bom.
Deliro
com os sorrisos lindos que me enchem o coração,
com os abraços que me sufocam cheios de amor,
ao ver os olhos dos velhinhos a bailarem felizes.
Amo
o olhar embevecido dos cachorros,
a fofura dos ronrons e a suavidade dos pêlos miados,
os trinados matinais alongados e fugidios.
Sorrio
quando o sol aparece e quando ele me diz adeus,
às cores que pintam a vida, mesmo à negra da dor,
à sensação doce e quente da lã nos dia frios.
Delicio-me
com o sabor fresco do amarelo claro e do negro vazio
com o choro melodioso solto da garganta dos violinos
e com tudo isto, porque tudo isto é tanto da vida que tanto GOSTO!

Walter Ramalhete

Figueira da Foz, 15 de Julho de 2022.
* Este texto, foi escrito segundo os termos da ortografia anterior ao recente (des)Acordo Ortográfico.
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