No início de um ano novo, há sempre quem opte por realizar um conjunto de resoluções. Significa isto que algumas pessoas se comprometem consigo mesmas na realização de um conjunto de tarefas que, supostamente, não terão realizado no ano que findou. Uma das resoluções ou objetivos que me é mais transmitida em processo de consultas é a que envolve a prática do exercício físico. Algumas pessoas comprometem-se a iniciar uma prática de exercício porque querem reduzir o tempo no sofá, outras porque querem controlar o peso, ou porque querem ter um estilo de vida mais saudável, entre outras razões.
A psicologia do desporto e exercício estuda e intervém, desde há alguns anos, no exercício físico como promoção do bem estar geral, mas também no alto rendimento com técnicas e estratégias que promovam o incremento de rendimento desportivo, através do controle de variáveis mentais.
No que concerne às resoluções de ano novo por parte de quem deseja iniciar ou reiniciar uma prática desportiva, a psicologia do exercício dá aqui um importante aporte. Várias teorias suportam os benefícios ao nível da saúde mental e psicológica de uma prática regular de exercício físico, desde que adaptado a cada pessoa. O exercício físico regular com a intensidade e duração adequada, levam a uma produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem estar e redução de níveis de stress ou ansiedade. Por outro lado, a prática de exercício físico ao exigir foco e concentração também obriga a pessoa a desligar de algumas preocupações, servindo de amortecimento aos problemas do dia a dia. Sabemos através dos muitos estudos que a prática regular de exercício físico adequado tem benefícios ao nível da produtividade, saude mental e equilíbrio com atividades do dia a dia, redução de absentismo profissional ou escolar, melhor auto-confiança, entre outros benefícios. Mas se é seu objetivo iniciar a prática de exercício, deve ter em conta que este deve ser adaptado às suas características físicas e estado psicológico, tempo, gostos e disponibilidade para que o consiga introduzir de forma harmoniosa na sua vida. Só desta forma retira da sua prática os benefícios que pretende atingir, sem correr o risco de ter resultados adversos ou contrários aos que pretende obter. Mesmo que tenha já experiência no exercício, mas pretende retomar, não se esqueça que qualquer paragem necessita de adequação, seja às suas características, seja às suas expectativas para que o equilíbrio entre corpo e mente produza bem estar geral e não o seu contrário. Um bom ano.
(PAULO CUNHA - Psicólogo e Coordenador da Mental School)
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