Em português, «Reset» significa redefinir, reinicializar ou reconfigurar algo.
Não tenho qualquer dúvida de que o concelho da Figueira da Foz necessita, de forma transversal, de um RESET.
Claramente que o passado não tem que definir o futuro.
As velhas fórmulas de crescimento não funcionam na actual economia do conhecimento, já globalizada, agora a especializar.
Encontramos nos grandes centros urbanos (que de grande tem também a ambição dos seus líderes e a visão clara do que é crescimento efectivo) exemplos de como se pode fazer muito com o pouco, bastando apenas ideias, pessoas e vontades.
O investimento é necessário, sim senhor, mas é tudo uma gestão de prioridades, que ficará para outro texto.
Assim, de repente, lembro-me de Braga, Lisboa ou Fundão que tem à frente dos projectos os próprios autarcas (Ricardo Rio, Fernando Medina e Paulo Fernandes, respectivamente), pessoas que admiro pela visão e capacidade de diferenciação, além de se terem rodeado de uma autêntica equipa “top gun”, ou seja, os melhores dos melhores nas suas áreas.
Quando não há condições criam-se!
Quando não há ideias, tocam-se os sinos a rebate e chama-se quem está no terreno, os cidadãos.
Quando não se sabe para onde se quer ir, pára-se e repensa-se tudo.
Não somos donos de verdades absolutas e pedir “ajuda” não é um sinal de fraqueza, mas de inteligência.
Sinto que a cidade vive num universo paralelo que não corresponde ao que leio, ouço ou constato.
Sei que temos uma matéria-prima de figueirenses que merecem mais e melhor.
Sei que temos todas as possibilidades de darmos “cartas” na geografia regional em várias frentes onde nos deixámos ultrapassar.
Podemos ser re(conhecidos) em várias frentes. A questão é por que é que ainda não somos?
Há assuntos muito mais importantes e críticos do que o desenvolvimento de um centro de alto rendimento de futebol de praia. Olhemos para o nosso primeiro. Vamos primeiro chamar a nós quem temos “dentro” de casa e ver o que podemos oferecer-lhes.
Já demos vários “passos para o desconhecido” e o resultado está à vista.
Existe um futuro alternativo.
Risonho!
Diferenciador.
Onde, daqui a poucos anos, muitos dirão com orgulho que querem viver na Figueira da Foz pois agora é mais cosmopolita e fervilha de novas pessoas com novas ideias.
E quem sabe uma delas não é a próxima unicórnio global? («startup» com um elevado potencial de crescimento em pouco tempo e com uma avaliação de mil milhões de euros.) Elas terão que sair de algum lado!
Também creio que, se não fizemos um RESET rápido, o futuro vai ser igual ao passado.
O destino poderá ser a irrelevância estratégica com tudo de negativo que daí advém.
Vamos crer que não.
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