Um deus. Tu e eu. mãe natureza

Um dia sem se saber se amarelo ou azul - para quê mais cores
a coexistência das outras só se endeusa com a tua blusa de mantos de Seul
Se se gastou na cor ou se a cor o gastou - mais a norte ou mais a sul
Como todos os aferes que nos chegam em reboliço
Como todas as cores em que te vejo e que te digo - não digas isso
Amor, se sol, se chuva, tu aqui comigo. Não te vejo e vejo-te por isso
Um Deus, tu aqui comigo. Solto, míldio, mendigo. Forte e sábio - esquisso

Que parte no inverno do nosso extraordinário “norte”
Para o “verão” de “sul” - todo esse vento também tem sorte
No amarelo ou no azul – tudo é in concreto – só noutro deus se absorve
quando ele chega na hora da praia em status de deserto
quando ele chega na hora da mão incerta em cactos que só picam e ferem ao de perto
quando ele chega na hora de boca seca – acaba tudo – o esputo, engiva, cria-se
afecto

quando ele chega na hora da morte
já nada disso interessa
afinal, tudo na vida não passou de sorte.

se o ontem é hoje, então o amanhã é para sempre
se o amanhã é hoje, então o passado foi sempre
se o ontem é o amanhã, então, tudo é hoje
cria-se o tempo, dá-se ao mundo um presente
Um deus ínfimo, como todas as letras desta folha
Um deus íntimo desta folha, sem todas as letras
Escolha um
e esse deus que o e as escolha

Um deus liberto e preso como tu e eu de natureza - a premência - o desejo tudo recomeça
Um deus. Tu e eu. Que ocorra. Que não ocorra. Um deus não vive, cria tudo em sobrevivência
Um Deus, tu aqui comigo. Só. Mãe natureza.

 

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