Imbróglio do Hotel “Paço de Maiorca” ao abandono

O vereadores do PSD com assento no executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz, promoveram ontem à tarde uma visita ao Paço de Maiorca (acompanhados pelo arquitecto da obra Pedro Nogueira, o director da obra Paulo Cerca e o eng. João Barreto) para verificarem as obras já realizadas e ao mesmo tempo lançarem um grito de alerta para a situação onde foram investidos mais de 4,2 milhões de euros, mas algumas burocracias impediram de investir mais um milhão de euros, encontrando-se a obra parada (e quase abandonada), desde Setembro de 2011, onde se nota já algum vandalismo.

Os autarcas sociais democratas (Miguel Almeida, Anabela Tabaço e Ana Oliveira), ficaram sem palavras e estupefactos ao percorrer as instalações, na sua maioria em fase de conclusão, incluindo a recuperação dos históricos e seculares painéis de azulejos, frescos, tectos, telhado, toda a electrificação, canalizações, paredes, soalhos, casas de banho, e uma parte nova construída de raiz no exterior, tudo o que incluía e tinha a ver com o tal hotel de charme com 32 quartos, piscinas, restaurante, etc.

“Corta-me o coração de ver o estado em que isto está” desabafou Anabela Tabaço, depois de tanto investimento e com mais um milhão de euros “já estava concluído e a funcionar há muito tempo” dizia a vereadora, mas agora “está tudo embrulhado e confuso”.
O executivo camarário liderado por João Ataíde já levou o assunto em tempos à reunião, com uma proposta de aquisição, a título gratuito, da participação detida pela Figueira Grande Turismo, em liquidação, no capital social da «Sociedade Paço de Maiorca, Promoção e Gestão de Equipamentos Hoteleiros, SA». A Quinta das Lágrimas é o parceiro privado do projecto.

Recorde-se ser esta a sociedade responsável pelas obras que visavam a transformação do Paço de Maiorca numa unidade hoteleira, um processo financiado pelo BPI, iniciado no último mandato do PSD, presidido por Duarte Silva.

A proposta acima referida surgiu na altura do seguimento da Lei 50/2012 de 31 de agosto, artigo 68, que proíbe a existência de participações indirectas (por parte dos municípios) ou através de outros veículos (como as empresas municipais) em sociedades como é o caso, razão pela qual não avançou na altura própria um novo projecto de financiamento para dois milhões de euros, que poderia ter comparticipação dos fundos comunitários, mas a lei não autorizou esta candidatura e a obra parou, como nos explicou também o adjunto da presidência, José Fernando Guedes Correia.
Neste momento a Sociedade Paço de Maiorca regista dívidas à banca (BPI) e a fornecedores das obras entretanto realizadas e que se encontram suspensas.

O IGESPAR IP-Instituto de Gestão do Património também não está isento de culpas pela dificuldades burocráticas que sempre colocou a esta obra, era tudo intocável na altura, mas entretanto, os jardins desapareceram, foram absorvidos por silvas e arbustos com mais de dois metros de altura, nas escavações de alicerces apareceu algum material arqueológico, mas que também não se sabe onde está, para além do vandalismo que já se faz sentir com o desaparecimento do cobre, que deixaram geradores e outras máquinas novas desfeitas, inundações e tantas outras desgraças…

Miguel Almeida promete, de acordo com conversas tidas com o presidente João Ataíde, agendar uma reunir para discutir este grave problema e tentar encontrar soluções.

(José Santos)

COMENTÁRIOS

ou registe-se gratuitamente para comentar.
Critérios de publicação
Caracteres restantes: 500

mais

QUEM SOMOS

O «Figueira Na Hora» é um órgão de comunicação social devidamente registado na ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social). Encontra-se em pleno funcionamento desde abril de 2013, tendo como ponto fulcral da sua actividade as plataformas digitais e redes sociais na Internet.

CONTACTOS

967 249 166 (redacção)

geral@figueiranahora.com

design by ID PORTUGAL