Na reunião de Câmara de ontem o vereador Miguel Almeida questionou a forma como o comandante dos Bombeiros Municipais «baptizou» a praça do novo quartel da corporação, espaço inaugurado domingo passado.
Nuno Osório, no uso da palavra, aludiu à «Praça João Ataíde», razão pela qual o vereador eleito pelo PSD questionou a legalidade do acto uma vez que, defendeu, qualquer proposta neste sentido teria de subir à aprovação da reunião de Câmara.
“Não tenho nada contra, o senhor foi um forte impulsionador deste quartel (disse Miguel Almeida a João Ataíde). Mas tem de haver uma resolução, isto tem de ter regras. O comandante deve ser chamado à atenção que isto não pode ser assim, não devemos informalizar demais os assuntos”, considerou o vereador eleito pela coligação «Somos Figueira» criticando ainda o aspecto informal como o comandante se referiu ao presidente da Câmara: “passou-se aqui algo que gostava de perceber. Nunca tinha visto um comandante dos Bombeiros a tratar o presidente da Câmara por tu”.

“Não sei se faz sentido”
“Sou completamente alheio à parada com o meu nome, não faz sentido. O facto de me ter empenhado é uma questão no âmbito das minhas competências, as instalações são imprescindíveis.
Sou surpreendido com aquilo. Fiquei embaraçado, vou abordar a questão, mas vamos partir do princípio que o nome não está lá porque sendo instalação da Câmara tem de haver uma deliberação e mesmo assim não sei se faz sentido”, disse em resposta João Ataíde.
Em relação à forma com tratamento informal, o edil desvalorizou sublinhando que “o «tutear» pretendia dizer que «tu és um dos nossos, um bombeiro, um camarada», não no sentido político, claro. Pode ter sido menos ou mais elegante, não me senti mais amachucado”, completou deixando claro, contudo, que “não é tratamento para continuar, vamos continuar o tratamento formal entre um comandante e um presidente da Câmara, esta é uma questão ultrapassada”.