É, primeiro que tudo, figueirense. Alguém com paixão e dedicação à Figueira da Foz e atento ao que vai acontecendo – mas também ao que não vai acontecendo – neste cantinho de Portugal.
Depois, é um foto-jornalista que vai guardando, em imagens, o pulsar da sociedade local, regional e nacional. Mas é no local que hoje falamos de Pedro Agostinho Cruz e muito em concreto do que vai observando na margem sul do Mondego, na faixa marítima.
Em 2015 Pedro Cruz lançou o «Alerta Costeiro 14/15», um trabalho informativo, foto documental, que retracta a realidade costeira, na freguesia de São Pedro. A erosão costeira é a base deste projecto.
Três anos depois, a continuidade deste trabalho (iniciado em 2014) surge com uma nova exposição: a partir de 12 de novembro, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, Pedro Cruz apresenta imagens desta mesma erosão costeira. O convite partir da vereadora Ana carvalho e a mostra insere-se no Seminário Anual de Adaptação às Alterações Climáticas que terá lugar no CAE a 16 de novembro.
Ao Figueira Na Hora Pedro Cruz resume a aposta neste projecto que hoje dá a conhecer uma realidade ainda mais preocupante: “Alerta Costeiro será sempre o meu coração na boca! Um alerta! Um grito de ver a minha terra desaparecer e a tentativa de fazer algo pela mesma. É um trabalho perturbador de consciências. Espero que assim continue”.
Para Pedro Cruz, “«Alerta Costeiro» vai ser finalmente exposição, depois de ser exposição cancelada, ser jornal, ser missão reflorestação, ser objecto de estudo para os alunos da Universidade de Coimbra e Minho, ser discussão política local, ser destaque a nível nacional e intencional e, claro, ser work in progresso”.
Deixamos apenas duas das muitas imagens de Pedro Cruz que retratam esta realidade.

(Jorge Lemos)