Teve ontem lugar, pelas 15h30, na Salina Municipal do Corredor da Cobra, na freguesia de Lavos, a sessão de encerramento do projeto «Quinta Ciência Viva do Sal», projeto que decorreu entre julho de 2021 e abril de 2024, em parceria com a Universidade de Coimbra, através do Laboratório Marefoz, com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e o VilVite, Bergen Vitensenter, parceiro internacional, do país doador, a Noruega.
Presidida pelo presidente da Câmara da Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, a sessão contou com presença da presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas; do vice-presidente do Património Cultural, Ângelo Silveira; do pró-reitor da Universidade de Coimbra, Nuno Mendonça; de Sandra Soares – Coordenadora da rede de Quintas Ciência Viva; de Carla Garcia, Zara Teixeira e Cátia Marques – Investigadoras do MARE; de João Neto – Coordenador do Laboratório MAREFOZ; de Sofia Acha e Teresa Neto da Equipa Técnica dos EEA Grants Património Cultural; de Sofia Tavares – diretora de Departamento do Fundo de Salvaguarda Património Cultural; dos vereadores do executivo municipal, do presidente da Junta de Lavos e de dirigentes e funcionários municipais ligados ao projeto.
A iniciativa marcou o fim da fase de requalificação do Núcleo Museológico do Sal, uma intervenção no valor de 547.801,70€ (acrescido de IVA), financiada pelo mecanismo financeiro EEA Grants Portugal, e que tem como principais objetivos potenciar a valorização do património cultural imóvel costeiro, de modo a preservar, conservar os elementos patrimoniais, ambientais e ecológicos da Salina do Corredor da Cobra e sua envolvente, promover o sentimento de pertença e de apropriação cultural do público relativamente à Salina do Corredor da Cobra e do seu património imaterial, bem como promover a ciência, a tecnologia e a inovação, através de projetos de investigação e de iniciativas participativas e colaborativas, contribuindo para o desenvolvimento local sustentável.
A presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas, referiu que gostava que “esta não fosse uma cerimónia de encerramento do projeto, mas sim uma cerimónia de lançamento do projeto da Quinta Ciência Viva do Sal”.
A mesma salientou que, juntamente com a autarquia, com o MARE e a Universidade de Coimbra, a Ciência Viva irá desenvolver módulos interativos que vão “ser atractores da visita” ao espaço, que “vale pelo sítio onde está e por toda a envolvente que tem”.
Espera-se que até final de janeiro de 2025 sejam instalados alguns módulos, nomeadamente um oferecido pela Ciência Viva, contudo é necessário procurar financiamento, apesar de o presidente da Câmara ter garantido que a autarquia dispõe de alguma verba para investir no projeto.
Pedro Santana Lopes advogou que “agora é que vai começar o trabalho” e que “este projeto não pode parar, deve seguir”, pois é “um ativo muito importante a vários níveis”. Quer seja pela componente económica, quer por vários aspetos, como a parte turística e cultural, “que aqui se entrelaçam”, salientou. Todo este potencial constitui algo de muito rico para a Figueira da Foz, frisou o autarca.
O vice-presidente do Património Cultural, Ângelo Silveira, referiu que a Quinta do Sal deve servir “para que as comunidades possam usufruir e fazer memórias”. Já o pró-reitor da Universidade de Coimbra, Nuno Mendonça, lembrou que foi ele, em conjunto com alguns elementos do Marefoz, quem propôs a instalação de uma Quinta Ciência Viva na Figueira da Foz.
Pedro Santana Lopes lembrou um outro produto endógeno da Figueira da Foz, o arroz, salientando que cerca de dois terços do arroz carolino do Baixo Mondego é produzido no concelho da Figueira da Foz, e manifestou interesse em poder contar a Ciência Viva no arranque do projeto do centro de estudo e valorização do arroz carolino.
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