Aos 75 anos de idade, faleceu hoje Jorge Dias, (re)conhecido fotógrafo. Encontrava-se internado há várias semanas no Hospital Distrital da Figueira da Foz. O seu corpo encontra-se no Centro Funerário Oliveira a partir das 9h00 de sexta-feira (dia 17), onde serão realizadas cerimónias fúnebres pelas 12h00, seguindo para o Complexo Funerário da Figueira da Foz, onde será cremado.
Com uma longa carreira dedicada à fotografia, natural de Lisboa, passou parte da sua vida na Marinha Grande, mas foi na Figueira da Foz que acabaria por fixar residência. Jorge Dias era fiel guardador de décadas de história e estória da Figueira da Foz, colabrando ativamente com diversos jornais locais e regionais.
Além da sua dedicação ao associativismo local, Jorge Dias deixa a sua marca pessoal na recolha de imagens do 25 de Abril. Enquanto furriel miliciano que prestava serviço no antigo Regimento de Artilharia Pesada (RAP 3), deteve, acompanhado pelo capitão Dinis de Almeida, o comandante da unidade militar.
O fotógrafo retratou a movimentação de tropas no RAP 3 na madrugada de 25 de Abril, bem como os festejos dos dias seguintes e as manifestações de 27 de abril e do 1.º de Maio.
Em 2021 o Município da Figueira da Foz promoveu, no âmbito do 47º aniversário do 25 de abril de 1974, a exposição fotográfica «A Figueira da Foz e o 25 de abril», composta por 47 fotografias da autoria do fotógrafo Jorge Dias, espólio do Arquivo Fotográfico Municipal. Também em 2024, na Casa do Paço, a autarquia figueirense deu a conhecer as icónicas imagens de Jorge Dias sobre a Revolução dos Cravos.
Também nesse ano de 2021 António Jorge Lé lançou o livro «25 de Abril na Figueira – antes e depois», com imagens de Jorge Dias.
Foto: DR