A manutenção ou abolição da mudança da hora sazonal (Verão/Inverno) tem sido, novamente, alvo de discussão.
Em 2018, a Comissão Europeia propôs o fim desta prática, baseada numa consulta pública que demonstrou um forte apoio à abolição. A proposta visava permitir que cada Estado-Membro escolhesse o seu horário permanente (Verão ou Inverno), pondo termo aos ajustes semestrais já em 2021.
Contudo, esta medida encontra-se suspensa por falta de consenso no Conselho da União Europeia, onde os ministros dos Estados-Membros não conseguiram chegar a uma posição comum sobre qual o horário a adotar de forma definitiva. Recentemente, países como a Espanha trouxeram o tema novamente para a ordem do dia, propondo o seu fim.
Ainda assim, certo é que amanhã, dia 26 (domingo), às 02h00, deve-se atrasar o relógio uma hora no Continente e na Madeira, passando a ser 01h00. Nos Açores, deve-se atrasar uma hora à 01h00, passando a ser 00h00.
E a 29 de março de 2026, a hora volta a mudar.
Faz sentido, hoje em dia?
A principal razão original para a mudança da hora era a poupança de energia, aproveitando a luz solar. No entanto, alguns estudos indicam que esta poupança é residual ou inexistente face às modernas formas de consumo.
Por outro lado, argumentos contra a mudança da hora ganham força:
? Saúde: Especialistas e a própria Comissão Europeia sublinham o impacto negativo na saúde e nos ritmos biológicos (o chamado "mini jet lag"), afetando o sono e podendo estar ligado a problemas cardiovasculares. Muitos defendem que o horário de Inverno é o mais próximo da hora solar natural e, consequentemente, o mais benéfico para a saúde humana.
? Irrelevância económica: O propósito original de economia de energia não se justifica perante as alterações nos hábitos e tecnologias de consumo.
Segundo a RTP Ensina, «e porque é que a hora muda? Para poupar energia. Isso mesmo, ouviste bem, a hora muda para que possamos poupar energia! E quem teve esta luminosa ideia?
A ideia foi de um senhor chamado Benjamin Franklin que, além de ser um dos fundadores dos Estados Unidos da América, era um estudioso de muitas ciências. Ficou conhecido pelas suas experiências com a eletricidade. A ideia de Franklin era simples: aproveitar as horas de sol e poupar as velas, que eram a principal fonte de iluminação na época.
Esta ideia voltou a surgir com William Willett, um inglês que defendia que as primeiras horas de sol deveriam ser aproveitadas e propôs a mudança da hora, mas acabou por morrer sem conseguir convencer as pessoas a levantarem-se mais cedo.
Esta ideia acabou por ficar esquecida e reapareceu em 1915, na Primeira Guerra Mundial, com a necessidade de poupar o combustível que era usado para a iluminação. A Alemanha e a Áustria foram os primeiros a alterar as horas, mas outros países, incluindo Portugal, seguiram o exemplo. O mesmo aconteceu na Segunda Guerra. A “moda” pegou e grande parte dos países mundiais adotou esta medida.
Só em 1974 é que todos os países concordaram e adotaram a mesma forma de mudar a hora: no último domingo de março o relógio avança uma hora e levantamo-nos, especialmente quem estuda e trabalha, quando já está sol e regressamos a casa ainda de dia. É chamado “horário de verão”. No último domingo de outubro, quando os dias começam a ficar mais curtos, o relógio recua uma hora.
Mas as coisas mudam e os estudos mais recentes mostram que a mudança da hora pode não ser uma medida de poupar energia tão eficaz como era. Enquanto se discute o efeito da mudança da hora, aproveitem, porque uma vez por ano têm um dia que dura 25 horas!».
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