Sindicato da Hotelaria, Turismo, Restaurantes diz que pacote laboral representa «um retrocesso grave nos direitos laborais»

A assembleia geral de sócios do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, realizada no passado dia 16 de outubro, decidiu a rejeição ao pacote laboral do Governo PSD/CDS considerando-o «muito prejudicial aos trabalhadores de todos os setores que representamos».
A direção do Sindicato enviou uma comunicação ao Primeiro-Ministro e à ministra do Trabalho salientando que «este pacote laboral não defende os trabalhadores, nem dá resposta aos seus problemas já identificados» defendendo que o mesmo:
(…)
«Facilita a precariedade em vez de combater os contratos a prazo e o abuso do trabalho temporário, ao passar de 2 para três anos o período para a contratação a prazo, liberaliza e desregula a utilização de forma abusiva do recurso à subcontratação de serviços e contratação por via das empresas de trabalho temporário;
Fragiliza a contratação coletiva, atacando os direitos conquistados e dificultando a melhoria das condições de trabalho;
Desrespeita a negociação sindical, procurando impor soluções que enfraquecem os sindicatos e reduzem a capacidade de luta dos trabalhadores;
Não garante aumentos salariais justos, mantendo milhares de trabalhadores com salários de miséria enquanto as empresas aumentam lucros».

Em comunicado o Sindicato refere ainda que «o pacote laboral do Governo insiste em apagar direitos conquistados com o 25 de Abril, muitos deles já antes, alcançados com enorme sacrifício e até com a vida de trabalhadores que lutaram por melhores condições. É um atentado à memória das lutas que abriram caminho à liberdade e à dignidade no trabalho em Portugal”.
A direção do Sindicato considera, assim, “este pacote um retrocesso grave nos direitos laborais. Em vez de reforçar a proteção de quem trabalha, abre caminho à exploração, à instabilidade e à desigualdade”. Por isso, na sua assembleia geral de sócios foi aprovado «combater este pacote em todos os planos – nas empresas, na negociação coletiva, na rua e com todos os trabalhadores, em unidade, até o derrotarmos. Um combate que começa já com a campanha de sensibilização e mobilização para a marcha nacional contra a pacote laboral, que juntará trabalhadores do país, públicos e privados, no próximo dia 8 de novembro».

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