Queima do Judas: “A Dez de Agosto quer manter as tradições como forma de vivificar a cultura figueirense”

Fiel às tradições, a Sociedade Filarmónica Dez de Agosto realizou hoje, Sábado de Aleluia, pelas 12 horas e no Largo de São João do Vale, a «Queima do Judas».
Seja para representar a maléfica atitude do discípulo Judas que traiu Jesus, seja para representar a chegada da Primavera queimando-se o desagradável Inverno, esta tradição, quase global, está enraizada na Figueira da Foz.
A organização convidou a população em geral, e em concreto as crianças, para estarem presentes nesta iniciativa, tendo sido distribuídas algumas guloseimas durante a malhação do boneco representativo de Judas.
Às crianças juntaram-se populares, muitos a residir nesta zona emblemática da baixa da cidade, mas também estrangeiros que foram captando estes momentos únicos. Por uma questão de segurança e como habitualmente, estiveram presentes elementos dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz. Também Rosa Batista, presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, compareceu nesta continuidade da tradição local.
Ao Figueira Na Hora o presidente da direção da Dez de Agosto explicou que “a tradição reflete o passado, mas também nos dá o capital importante para projetarmos o futuro. Julgo que com a Queima do Judas se pode, por um lado, fazer a leitura Católica, Cristã da traição do Judas, mas por outro lado permite enquadrar na teoria em que acaba o Inverno, triste e melancólico e há a renovação, através da Primavera. Eu penso que as crianças e os jovens, se vierem conhecer esta tradição – e alguns vieram – passam também a ter mais informação importante para as suas vidas”.
Sansão Coelho explicou ainda que “encontrei na Dez de Agosto uma vontade férrea, hercúlea mesmo, em preservar as principais tradições figueirenses” reconhecendo que “não é possível nos dias de hoje manter as tradições como acontecia há 20 ou 50 anos porque os próprios recursos humanos têm hoje comportamentos que são diferentes. Enquanto que no capítulo das crianças elas preferem ficar em casa nos seus jogos, mesmo nos adultos é difícil encontrar um grupo significativo para integrar, por exemplo, o Enterro do Bacalhau”.
Ainda assim, garante Sansão Coelho, “a Dez de Agosto quer manter as tradições como forma de vivificar a cultura figueirense e a própria Figueira da Foz. Uma cidade sem tradições é como um povo sem teatro, está morto ou moribundo. Não é seguramente o caso da Figueira da Foz porque a Dez de Agosto não deixará morrer as tradições”.

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