Naval Remo aposta na inclusão social de crianças e jovens

A Associação Desportiva Naval Remo (ADNR) assinalou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro), no seu posto náutico, fazendo o balanço do primeiro ano do Programa de Inclusão Social (PIS) de pessoas com deficiência através dos desportos náuticos.
O projeto, que visa combater o isolamento social de crianças e jovens com perturbações do neurodesenvolvimento, oferece a prática regular e gratuita de quatro modalidades: remo, canoagem, surf e stand up paddle, utilizando a água como elemento catalisador de superação.
"A inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais é um problema da nossa sociedade e esta só é inteiramente justa se for solidária e se conseguir colocar estes casos no centro das prioridades sociais, educativas e também desportivas”, destaca Nelson Silva, presidente da ADNR.
O PIS conta com a colaboração da Faculdade de Ciências e Desporto da Universidade de Coimbra, um apoio que, explica a professora Maria João Campos, “prende-se com a avaliação do impacto deste projeto de excelência na aptidão física, autoestima e bem-estar destes jovens atletas”.
“Este projeto é uma oportunidade de integração social para estes alunos, porque se não fosse o PIS eles não teriam oportunidade de realizar este tipo de atividades, uma vez que para além das limitações cognitivas que eles têm, estas crianças e jovens têm, em muitos casos, carências socioeconómicas o que dificulta a possibilidade de realizar atividades extracurriculares”, realça a coordenadora do ensino especial do Agrupamento de Escolas Figueira Mar, Cláudia Monteiro.
“Gosto muito de estar no remo. O senhor Daniel (treinador) tem um gosto em ensinar e eu gosto muito de cá estar. São boas pessoas e ensinam muitas coisas. O remo é um desporto que nos faz muito bem, gostava de poder vir mais vezes”, refere Nicole Santos, aluna do Agrupamento de Escolas Figueira Mar.
Atualmente o PIS tem 20 crianças/jovens – desde o 4.º ano de escolaridade até ao secundário – mas o objetivo passa por chegar às três dezenas crianças e jovens abrangidos.
De realçar que o PIS conta com um orçamento de cerca 211 mil euros (a 3 anos), sustentado pelo Fundo Social Europeu e por investidores sociais que se assumem como «agentes de mudança», garantindo a prática regular de desportos náuticos completamente gratuita para as crianças. Um aluno inserido no PIS já é atleta federado de remo e já participou em duas provas, a representar a Naval Remo.

NÚMEROS DO PIS:
4.433 horas no 1º ano do programa
7 recursos humanos (internos e externos)
4 voluntários
5 barcos remo
6 canoas
20 crianças/jovens abrangidos até ao momento

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