Aeroporto de Macau inaugura exposição dedicada ao artista figueirense Eduardo Nery

O Aeroporto Internacional de Macau inaugurou hoje uma exposição sobre a criação do mural de painéis de azulejo por parte do artista plástico português Eduardo Nery (1938-2013), e que poderá ser apreciada até janeiro de 2026.
Num comunicado, a companhia gestora da infraestrutura disse que a mostra, no terminal de passageiros, “apresenta materiais preciosos do processo criativo” de Nery, “incluindo esboços, estudos de cor e projetos gráficos”.
A exposição «Arte Icónica: O Ícone do Terminal» oferece aos visitantes “um olhar aprofundado sobre a metodologia do artista”, acrescentou a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau.
A mostra concentra-se no mural de azulejos portugueses criado por Eduardo Nery para a inauguração, em 9 de novembro de 1995, do aeroporto, ainda durante a administração portuguesa do território.
O mural, com 210 metros de comprimento e 2,1 metros de altura, “inspira-se na mitologia, na história marítima, na evolução da aviação e nas trocas culturais entre a China e Portugal”, referiu a CAM.
A obra “integra com mestria a essência das culturas chinesa e portuguesa, refletindo o papel histórico singular de Macau como ponto de encontro das civilizações oriental e ocidental”, acrescentou a empresa.
Macau, que esteve sob administração portuguesa durante mais de 400 anos, passou em 1999 para a administração chinesa.
A exposição, que serve também para assinalar os 30 anos do aeroporto, foi organizada em conjunto pela CAM e pela Faculdade de Artes e Humanidades da Universidade de São José.
Na cerimónia de inauguração, o presidente da CAM, Ma Iao Hang, agradeceu ao diretor da faculdade, o português Carlos Sena Caires, “pela estreita colaboração” com a família de Eduardo Nery, que permitiu apresentar ao público “manuscritos e esboços de design gráfico de valor inestimável”.
Nascido na Figueira da Foz, em 1938, Eduardo Nery exerceu a sua atividade nas áreas da pintura, tapeçaria, vitral, mosaico e azulejo, entre outras. Desde a década de 60 realizou diversas intervenções em espaços arquitetónicos, de que são exemplo os painéis de azulejo no viaduto do Campo Grande (Lisboa) ou os vitrais da capela de São José, na Basílica de Fátima.
Entre 1970 e 1972, Eduardo Nery lecionou as disciplinas de Desenho e Texturas no IADE, à altura designado Instituto de Arte e Decoração.
Em 1973 integrou a primeira direção pedagógica do Centro de Arte e Comunicação Visual (Ar.Co), escola onde se manteve até 1975.
Ao longo da carreira artística foi premiado por diversas vezes, com destaque para um galardão atribuído na 1.ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea Europeia (Itália, 1975) ou o Prémio Bordalo da Imprensa, na categoria de Artes Plásticas (1995).

Foto: DR/CAM

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